SOS Planeta Terra: O Poder do Tsunami


Muitos já ouviram falar do poder das ondas gigantes, conhecido como tsunami (ou tsunâmi, do japonês 津波 significando literalmente onda de porto), é uma onda ou uma série delas que ocorrem após perturbações abruptas que deslocam verticalmente a coluna de água, como, por exemplo, um sismo, atividade vulcânica, abrupto deslocamento de terras ou gelo ou devido ao impacto de um meteorito dentro ou perto do mar. Há quem identifique o termo com "maremoto" - contudo, maremoto refere-se a um sismo no fundo do mar, semelhante a um sismo em terra firme e que pode, de facto originar um(a) tsunami.
A energia de um tsunami é função de sua amplitude e velocidade. Assim, à medida que a onda se aproxima de terra, a sua amplitude (a altura da onda) aumenta à medida que a sua velocidade diminui. Os tsunamis podem caracterizar-se por ondas de trinta metros de altura, causando grande destruição.
Foto via satélite da destruição do tsunami

Um tsunami pode ser gerado por qualquer distúrbio que desloque uma massa grande de água, tal como um sismo (movimento no interior da terra), um deslocamento da terra, uma explosão vulcânica ou um impacto de meteoro. Os tsunamis podem ser gerados sempre que o fundo do mar sofre uma deformação súbita, deslocando verticalmente a massa de água. Os sismos tectónicos são um tipo particular de sismo que origina um deformação da crosta; sempre que os sismos ocorrem em regiões submarinas, a massa de água localizada sobre a zona deformada vai ser afastada da sua posição de equilíbrio. As ondas são o resultado da acção da gravidade sobre a perturbação da massa de água. Os movimentos verticais da crosta são muito importantes nas fronteiras entre as placas litosféricas. Por exemplo, à volta do Oceano Pacífico existem vários locais onde placas oceânicas mais densas deslizam sob as placas continentais menos densas, num processo que se designa por subducção. Estas zonas originam facilmente tsunamis.

Deslizamentos de terra submarinos, que acompanham muitas vezes os grandes tremores de terra, bem como o colapso de edifícios vulcânicos podem, também, perturbar a coluna de água, quando grandes volumes de sedimentos e rocha se deslocam e se redistribuem no fundo do mar. Uma explosão vulcânica submarina violenta pode, do mesmo modo, levantar a coluna de água e gerar um tsunami. Grandes deslizamentos de terra e impactos de corpos cósmicos podem perturbar o equilíbrio do oceano, com transferência de momento destes para o mar. Os tsunamis gerados por estes mecanismos dissipam-se mais rapidamente que os anteriores, podendo afectar de forma menos significativa a costa distante e assim acontece o tsunami.
Esquema de como se forma um tsunami

HISTÓRIA:
Embora os tsunamis ocorram mais freqüentemente no Oceano Pacífico, podem ocorrer em qualquer lugar. Existem muitas descrições antigas de ondas repentinas e catastróficas, particularmente e em torno no Mar Mediterrâneo. Os milhares de portugueses que sobreviveram ao grande terremoto de Lisboa de 1755 foram mortos por um tsunami que se seguiu poucos minutos depois. Antes da grande onda atingir, as águas do porto retrocederam, revelando carregamentos perdidos e naufrágios abandonados. No Atlântico Norte, o Storegga Slide tem a maior incidência.

Santorini
Estima-se que terá sido entre 1650 e 1600 a.C. que ocorreu uma violenta erupção vulcânica na ilha grega de Santorini. Este fenómeno devastador levou à formação de um tsunami cuja altura máxima terá oscilado entre os 100 e os 150 metros. Como resultado deste tsunami, a costa norte da ilha de Creta foi devastada até 70km da mesma. Esta onda terá certamente eliminado a grande maioria da população minóica que habitava ao longo da zona norte da ilha.

A explosão do Krakatoa
A ilha-vulcão de Krakatoa, na Indonésia, explodiu com fúria devastadora em 1883. Várias ondas tsunami geraram-se a partir da explosão, algumas atingindo os 40 metros acima do nível do mar. Foram observadas ao longo do Oceano Índico e Pacífico, na costa ocidental dos Estados Unidos, América do Sul, e mesmo perto do Canal da Mancha. Nas costas das ilhas de Java e Sumatra, a inundação entrou vários quilômetros adentro, causando inúmeras vítimas, o que influenciou a desistência da população em reabitar a costa, e subsequente êxodo para a selva. Actualmente, esta zona é designada por reserva natural Ujung Kulon. O vulcão se desintegrou totalmente por volta de 1971, e no mesmo local do Krakatoa surgiu o Anaki Krakatoa, que cresce 5 metros por ano, hoje alcançando 800 metros de altura e frequentemente esta ativo. Suas ondas destruiram toda a vila que havia ali perto bem como o farol que orientava os navegantes, restando apenas sua base e a 50 metros dali, um novo farol foi construído.

22 de Maio de 1960: o tsunami chileno
O grande terremoto do Chile, o mais intenso terremoto já registrado, ocorreu na costa sul-central do Chile, gerando um dos mais destrutivos tsunamis do século XX.

12 de Julho de 1993: Hokkaido
Um devastador tsunami ocorreu na costa da ilha de Hokkaido, no Japão em 12 de Julho de 1993, como resultado de um terremoto, resultando na morte de 202 pessoas na ilha de Okushiri e no desaparecimento de muitas mais.
Muitas cidades ao redor do oceano Pacífico, principalmente no Japão e Hawaii, possuem sistemas de alerta e evacuação em caso da ocorrência de tsunamis. Os tsunamis de origem vulcânica ou tectónica podem ser previstos pelos institutos sismológicos e o seu avanço pode ser monitorizado por satélites.

O Terramoto do Índico de 2004
Ocorreu a 26 de Dezembro de 2004, cerca das oito da manhã (hora local). O terramoto teve epicentro no mar a oeste da ilha de Sumatra no Oceano Índico, nas coordenadas 3,298°N latitude e 95,779°O longitude. O abalo teve magnitude sísmica estimada primeiramente em 8,9 na Escala de Richter, posteriormente elevada para 9,0 [1], sendo o sismo mais violento registado desde 1960 e um dos cinco maiores dos últimos cem anos. Ao tremor de terra seguiu-se um Tsunami de cerca de 30 metros de altura que devastou as zonas costeiras (veja animação em baixo). O Tsunami atravessou o Oceano Índico e provocou destruição nas zonas costeiras da África oriental, nomeadamente na Tanzânia, Somália e Quénia.
Animação exemplificativa do Tsunami do Índico, em 2004

O terramoto foi causado por ruptura na zona de subducção onde a placa tectónica da Índia mergulha por baixo da placa de Burma. A área de ruptura está calculada em cerca de 1,200 km de comprimento e a deslocação relativa das placas em cerca de 15 m. Este deslocamento pode parecer pouco, mas em condições normais as placas oceânicas movimentam-se com velocidade da ordem do milímetro por ano. A energia libertada provocou o terramoto de magnitude elevada, enquanto que a deslocação do fundo do oceano, quer das placas tectónicas quer de sedimentos remobilizados pelo abalo, deram origem ao tsunami e alteração na rotação da Terra.
O número de vítimas, que era de aproximadamente 150.000, elevou-se para 220.000. O governo da Indonésia suspendeu as buscas por 70.000 desaparecidos e os incluiu no saldo de vítimas fatais do desastre.
Os países mais afetados foram:
• Sri Lanka, com milhares de mortos e milhões de desalojados; o estado de emergência nacional declarado
• Índia, nomeadamente os estados de Tamil Nadu, Andhra Pradesh e os arquipélagos Andaman e Nicobar onde algumas ilhas foram totalmente submersas
• Indonésia, ilha de Sumatra estado de Banda Aceh
• Tailândia, especialmente as estâncias turísticas das Ilhas Phi Phi e Phuket
• Malásia
• Ilhas Maldivas, onde dois terços da capital, Malé, foram inundados pelo tsunami
• Bangladesh

Imagens do Tsunami:



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Disponível no site:

  • www.wikipedia.org
  • www.tsunamis.com
  • www.answers.com/topic/tsunami
  • www.seismic.ca.gov/Tsunami.htm
  • www.negahe85.blogfa.com/
  • www.iiees.ac.ir/English/bank/Tsunami/tsunami_pic_e.html

2 comentários:

Anônimo disse...

Fala Alex ,parabéns pelo blgger estar cada vez mais sofisticado.Afoto da tissunami é tudo gostei muito.um abração.João Feitosa.

Anônimo disse...

Muito interessante, intrigante e também muito assustador esse fenomeno. Onde essa grande onda varreu a costa e levou tudo a sua frente inclusive muitas vidas que ali moravam ou estavam a passeio como os turistas. Deixou marcas para a humanidade com profunda tristeza das inumeras vítimas dos vários locais na asia principalmente a India.
É bacana expor a imagem no mapa para q possamos ver a imensidão e extensão da onda que só terminou na costa da Africa.
Parabéns pelo blog!
michelle